quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ouro Branco pelo Meio Ambiente


Um dos grandes desafios desse milênio é a preservação dos recursos naturais. A cidade vive uma fase de desenvolvimento econômico, mas já pratica e apóia ações de sustentabilidade. Durante a VIII Feira de Cultura Ambiental, na E.M. Maria Auxiliadora Tôrres, a população pôde acompanhar trabalhos e projetos implantados por empresas, associações e escolas da rede municipal, estadual e particulares. O tema da mostra deste ano foi “Agenda 21”: Agir localmente e pensar globalmente. Na rede municipal, a “Agenda 21” foi implantada no currículo em 2007.

Os projetos apresentados vão de soluções simples até ações mais elaboradas. São iniciativas como a da E.M. Antonio Mateus Rafael, comunidade de Campo Grande, que fez os alunos pesquisarem a situação do lixo na comunidade e como é feita a coleta. Os alunos aprenderam a não queimar os resíduos, a separar o que pode ser reciclado e reaproveitar mais os alimentos. Assim, eles apresentaram artesanato feito com jornal e papel, além de receitas feitas com casca de frutas. E quem apresentou a pesquisa e os objetos foram os próprios alunos.

Em Itatiaia, a Educação Ambiental virou alternativa de renda. A idéia de reciclar e dar nova utilidade aos objetos descartados foi levada a sério. Os alunos do Projeto Educação Integrada da E.M. Reinaldo Alves de Britto reúnem folhas e sementes que encontram na comunidade e decoram livros, blocos de anotação, agendas em papel reciclado ou objetos decorativos, feitos em madeira. As peças são vendidas para manter o projeto.

Dos curiosos, estava o fogão solar, apresentado pelos alunos da E.M. Raymundo Campos, de Olaria. O objeto feito em papelão, papel alumínio, espelho e vidro, é capaz de cozinhar utilizando somente a energia do sol, o que traz mais economia no gás e acaba com a emissão de gases poluentes. Na E.M. Maria Zita, no Luzia Augusta, um projeto de sala de aula acabou envolvendo toda a equipe da escola. A professora Luciane das Graças Vieira Amaral implantou no 4º ano o projeto Horta e Jardim, com a proposta de ensinar ás crianças a utilizar o lixo orgânico.

Os alunos estudaram todo o processo de produção de adubo orgânico, passaram a cuidar da área verde da escola e criaram uma horta. Hoje, eles acompanham o crescimento das plantas e ajudam a manter os espaços. Acabaram por envolver o jardineiro, as cantineiras e a equipe pedagógica. “A idéia inicial era conscientizar as crianças e conseguimos reduzir a produção de lixo da escola. Eles aprendem e levam pra casa. E assim ajudamos o planeta”, comentou Luciane.

Nas discussões do evento, a preocupação com a destinação do lixo da cidade, a importância de apoiar a ação dos catadores, como colocar em prática a teoria da Educação ambiental, a poluição sonora e o cuidado com o Patrimônio como forma de preservação, estiveram na pauta. Para os apicultores de Ouro Branco, foi oferecida uma oficina exclusiva, mostrando os cuidados para preservar as espécies de abelhas e como aproveitar melhor todos os recursos oferecidos.

Durante todo dia, foram apresentadas ações de preservação, projetos de educação ambiental, soluções sustentáveis de renda. Isso mostra que em Ouro Branco, as escolas já se preparam para formar alunos mais conscientes e cidadãos que respeitam o meio ambiente. A VIII Feira de Cultura Ambiental de Ouro Branco é uma parceria da Prefeitura de Ouro Branco, Gerdau Açominas, UFSJ, Copasa e Projeto Germinar.


JOVENS COM CONSCIÊNCIA
O slogan e o desenho que enfeitam os convites e as peças gráficas da Feira foram feitos por alunas das escolas municipais. Amanda Florysa do Nascimento Santos, 9º ano da E.M. Raymundo Campos, em Olaria venceu o Concurso de frases e ganhou uma bolsa de estudos na Compway, por criar o slogan: Penso no meu futuro, preservo, não poluo. Ana Paula Barbosa Fonseca, do 5º ano da E.M. Geraldo Marino foi quem fez o melhor desenho dentro do tema Agir localmente e pensar globalmente e recebeu uma bolsa do curso de inglês Fisk. As alunas foram premiadas durante a Feira. O concurso acontece anualmente e reúne desenhos e frases dos alunos das escolas que participam do evento. Os trabalhos são julgados pela Comissão Organizadora do evento e devem estar de acordo com o tema da mostra.

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