sexta-feira, 13 de março de 2009

CRUZAMENTO E A VIRADA DO MERCADO PECUÁRIO

Estamos vivendo um momento único na pecuária nacional. Em plena safra, os preços da arroba estão em patamares esperados apenas na entressafra. O mercado futuro também aponta para preços muito atrativos. Mesmo com o preço dos insumos em alta, a atividade de cria voltou a ser remuneradora. Além do cenário positivo da @, o mercado também está sinalizando com a necessidade de carne de qualidade para atender mercados exigentes. Agora é hora de voltarmos nossa atenção ao tipo de animal que teremos para entregar para esse mercado tão promissor. No segundo semestre iniciaremos mais uma estação de monta e o pecuarista já deve começar a fazer as contas e planejar qual o tipo de bezerro quer colocar no mercado em 2009/2010, ou seja, no pico previsto do ciclo de alta. Quem busca alta produtividade e animais com forte probabilidade de ágio no frigorífico deve optar pelo cruzamento com raças especializadas em produção de carne. Carne de qualidade, marmorizada, macia, proveniente de animais jovens e bem terminados só pode ser obtida por meio do cruzamento.Em época de preços de insumos altos, terras valorizadas, alta competição com a agricultura, é preciso apostar na pecuária de ciclo curto, investindo em animais sexualmente precoces e com terminação também precoce. Não dá mais para ficar “patinando” em raças tardias e, salvo algumas exceções dentre as raças zebuínas, as raças compostas são a saída para alcançarmos essa pecuária de ciclo curto e competitiva, já que as raças européias puras tem maior dificuldade de adaptação ao nosso clima e sistema de produção.Diversas são as opções de raças disponíveis no mercado, mas, antes de tomar a decisão, a raça candidata deve preencher alguns requisitos: os touros disponíveis possuem avaliação genética sólida e confiável? Essa avaliação genética é chancelada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com o CEIP – Certificado Especial de Identificação e Produção? Esses touros fazem cobertura a campo em qualquer região do Brasil?Com essas três questões solucionadas, o pecuarista estará pronto para ingressar no mercado competitivo e compensador da carne de qualidade. Uma das soluções encontradas por diversos pecuaristas é o uso de touros Montana. O resultado é muito semelhante ao cruzamento com raças européias puras. Com o uso do Montana, eliminamos o problema de adaptação dos produtos e o touro trabalha a campo. O Montana combina os benefícios do cruzamento com as vantagens da genética aditiva (avaliação genética sólida), chancelada pelo CEIP.

terça-feira, 10 de março de 2009

Crise dá impulso a títulos do agronegócio

A crise global de crédito deu um grande impulso aos papéis lastreados em recebíveis do agronegócio. Esses títulos caíram no gosto de grandes tradings com dificuldades de acesso a linhas de crédito no exterior e passaram a rechear a carteira de bancos brasileiros. Os papéis também se transformaram em boa alternativa de investimento para grandes clientes corporativos.Em 2007, o volume de negócios com esses instrumentos atingiu R$ 5,9 bilhões. No ano passado, ele deu um salto para R$ 37,6 bilhões e, em fevereiro, atingiu R$ 50,8 bilhões, segundo relatório da BM&FBovespa.Tradicionais financiadoras do agronegócio, as tradings passaram a adotar esses títulos como uma importante fonte de crédito para continuar emprestando aos produtores rurais. A principal estrela é a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), papéis lastreados em recebíveis emitidos pelos produtores, como Cédulas de Produto Rural (CPR), duplicatas e notas promissórias rurais, além de contratos de financiamento e exportação. No ano passado, foram registrados R$ 35,8 bilhões em LCAs. Neste ano, já são R$ 6,2 bilhões em negócios.Apesar do custo financeiro mais alto do que o dinheiro captado no exterior, os títulos do agronegócio têm aceitação pelo baixo risco, boa liquidez e garantia lastreada na produção. O custo chegaria à taxa Selic mais 2% ou 3% ao ano. Mas os benefícios fiscais são o principal atrativo. Ao usar os títulos de registro obrigatório para captar recursos, as tradings não pagam Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).Além disso, os bancos ficam desobrigados de fazer o depósito compulsório de 25% sobre esses valores e não precisam cobrir 100% do risco das operações como prevê o Acordo de Basileia. Pela lei, as instituições também não são obrigadas a recolher 0,2% sobre cada operação para o Fundo Garantidor de Crédito, que dá garantia a depósitos em bancos de até R$ 60 mil. Na outra ponta, o investidor pessoa física é atraído pela isenção de IR.O mercado potencial para os títulos é estimado em R$ 100 bilhões. Até agora, apenas 15 bancos operam com as LCAs. O Banco do Brasil, maior financiador do setor rural, ficou fora desse mercado.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Mato Grosso comemora 100% da vacinação do rebanho na faixa de fronteira


Da Redação

Com a proposta de combater à Febre Aftosa e manter a sanidade do rebanho mato-grossense, representantes do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT), da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), do Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa), do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgaram nesta sexta-feira,(06.03),os números da etapa de vacinação de fevereiro na fronteira da Brasil e Bolívia.

A Bolívia ainda não foi reconhecida como país com área livre da aftosa sem vacinação, por isso Mato Grosso precisa manter a imunização em todos os bovinos e bubalinos de 0 a 12 meses, três vezes ao ano contra a doença nas propriedades rurais no raio de 15 Km na região de fronteira. Nessa etapa a campanha de imunização nos municípios de Vila Bela da Santíssima Trindade foram vacinados 47.857 cabeças em 211 propriedades. Em Cáceres 18.147 cabeças, em 238 propriedades e Porto Esperidião 15.517, em 99 propriedades.

No total foram 548 propriedades e 81.521 bovinos e bubalinos. A meta de garantir a imunização de 100% foi alcançada. Os principais beneficiados são os pequenos e médios pecuaristas da região e o Estado que mantém o título de área livre de febre aftosa com vacinação.

Segundo o presidente do Indea-MT, Decio Coutinho, o Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa) financiou todas as vacinas para os produtores desta região. O Fefa adquiriu as 83.120 mil doses da vacinas e contratou os vacinadores comunitários capacitados pelo Senar-MT . “Mato Grosso está há mais de 13 anos sem o foco da doença. Os índices excepcionais de vacinação que registramos nos últimos anos, que já ultrapassam 99% de nosso rebanho, nos habilitaram à redução de três para duas etapas. No entanto, na faixa de fronteira optamos por fazer um trabalho preventivo para não corrermos riscos por isso foi chamado de vacinação agendada”, explicou o presidente, que enalteceu o trabalho de parceria do setor privado e o governo.

Um dos principais objetivos da criação do Fundo, que completou 15 anos, é a fomentação das ações emergenciais do programa de erradicação da febre aftosa, e futuras indenizações após a erradicação da doença e suspensão da vacinação. “Esse trabalho envolve a participação de todos, dos governo federal e estadual, a iniciativa privada e principalmente do produtor rural que assimila muito bem nosso propósito. A prevenção sai mais barato que o curativo, por isso parabenizamos todos que colaboraram com esse excelente resultado naquela região”, afirmou o presidente do Fundo, Zeca D’Ávila.

De acordo com Eduardo Alves Ferreira Neto, diretor-tesoureiro da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, (Famato), o fator principal do ótimo resultado obtido é a responsabilidade do produtor. “O sucesso desse trabalho é fruto da conscientização de todos em garantir a sanidade animal do rebanho. Por isso vamos continuar trabalhando arduamente junto aos sindicatos para manter o posto de área livre de aftosa com vacinação”, concluiu.

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso é responsável pela execução do programa de erradicação da Febre Aftosa em parceria com o Fundo Emergencial de Febre Aftosa (Fefa), a Superintendência Federal de Agricultura no Estado de Mato Grosso (SFA/MT), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso, (Famato), o Sindicato das Empresas de Leilões Rurais (SNLR), e o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos Estado do Mato Grosso ( Sindifrigo).

Um dos principais objetivos da criação do fundo que completa 15 anos é a fomentação das ações emergenciais do programa de erradicação da febre aftosa, e em sua constituição prevê ações emergenciais e futuras indenizações após a erradicação da doença e suspensão da vacinação.

Participaram da entrevista coletiva concedida pelo presidente do Indea-MT, Decio Coutinho, pelo presidente do FEFA, Zeca DÁvila, Antonio Sergio Marques Lôbo, fiscal federal agropecuário, chefe do Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários (SIPAG), da Superintendência Federal de Agricultura no Estado de Mato Grosso, (SFA/MT), diretor tesoureiro da Famato, Eduardo Alves Ferreira Neto a diretora técnica do Indea-MT, Maria Auxiliadora P. R. Diniz e o coordenador Roberto Renato Pinheiro da Silva, da Coordenadoria de Controle das Doenças dos Animais (CCDA/Indea-MT).e José Antonio Brehm do Sindicato Rural de Jaciara-MT.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Missão da OIE vistoria ações sanitárias em MS

São Paulo, 4 - Uma equipe da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) chega amanhã em Campo Grande (MS) para avaliar as ações sanitárias implementadas em Mato Grosso do Sul, em especial nos municípios de fronteira. Essa é a primeira vez que a entidade vem ao Estado desde a recondução de status sanitário de livre de febre aftosa com vacinação, em julho do ano passado.
De Campo Grande, a primeira parada da missão será Corumbá, onde iniciará os trabalhos da Agência de Defesa Sanitária Estadual (Iagro) na sexta-feira. No dia seguinte, o grupo embarca para a Bolívia, país que tem uma grande fronteira seca com o Brasil, para no domingo seguirem para Ponta Porã. As paradas seguintes são Pedro Juan Caballero (dia 9), reunião no Iagro de Ponta Porã (dia 10) e Mundo Novo (dia 11), onde encerram os trabalhos.

O grupo é composto por oito pessoas, sendo cinco técnicos da OIE, um técnico do Ministério da Agricultura e uma intérprete. A missão será acompanhada no Estado por fiscais agropecuários da Iagro e da Superintendência Federal da Agricultura.

Conforme o chefe do serviço de sanidade agropecuária da Superintendência Federal da Agricultura, Elvio Cazola, o Brasil trabalhou para atender todas as ações recomendadas pelo órgão internacional. "Acreditamos que os técnicos vão aprovar a evolução sanitária estadual, a exemplo das últimas missões que recebemos", disse em nota Cazola, referindo-se às duas missões da União Europeia que estiveram no Estado em janeiro.

O diretor-presidente da Iagro, Roberto Bacha, também acredita que o desempenho do Estado na avaliação será satisfatório, "pois a sanidade animal estadual vem sendo intensivamente trabalhada e fiscalizada". Assim como Bacha, a secretária da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, também deve integrar o grupo que acompanha a missão no Estado. (Alexandre Inacio)

Uema inaugura Laboratório de Organismos Aquáticos

SÃO LUÍS - A Universidade Estadual do Maranhão (Uema) inaugura na próxima segunda-feira (9), às 10h, o Laboratório de Pesca, Biodiversidade e Dinâmica Populacional de Peixes, vinculado ao curso de Ciências Biológicas do Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais (Cecen).

Este novo espaço de pesquisa tem como objetivo estudar todas as espécies de peixes, crustáceos e moluscos do litoral maranhense.

O Laboratório poderá ser utilizado por qualquer aluno que deseja desenvolver pesquisas na área da pesca e da diversidade biológica aquática.

Fonte: Ascom Uema

quarta-feira, 4 de março de 2009

Vacinação contra aftosa será antecipada na ZAV


Portaria da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) publicada no DOE (Diário Oficial do Estado) desta quarta-feira antecipa e aumenta duas etapas de vacinação contra febre aftosa na ZAV (Zona de Alta Vigilância) de Mato Grosso do Sul.

A segunda etapa de vacinação, que começava em 1º de maio foi antecipada para 1º de abril e vai até 15 de maio, abrangendo de todo o rebanho bovino e bubalino, independente da idade. A terceira etapa foi antecipada de novembro para 1º de outubro e segue até 15 de novembro.

Nesta região a vacinação de animais é feita com agulha oficial, ou seja, pelos técnicos da Iagro. A ZAV compreende os municípios de Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Paranhos, Ponta Porá, Porto Murtinho e Sete Quedas, na fronteira com o Paraguai. Na fronteira com a Bolívia estão Ladário e Corumbá.

Sanidade - São Valério recebe curso sobre Brucelose

A Adapec – Agência de Defesa Agropecuária do Estado - realiza nestas quarta e quinta-feira, dias 04 e 05, respectivamente, no munícipio de São Valério da Natividade, região Sudeste do Estado, a 290 km da capital, mais um Curso de Manejo e Aplicação de Vacina Contra Brucelose. A ação visa à capacitação de vacinadores, a fim de atender a demanda que existe no Estado.

O treinamento será ministrado pelos médicos veterinários da Adapec, Jorge Antônio Silva França e Deuzineide Sousa Fonseca Rosilho que abordarão assuntos sobre manejo e aplicação adequados da vacina. A parte teórica será ministrada nesta quarta-feira, a partir das 8h30, no Centro Cultural da cidade e a aula prática na quinta-feira, na Fazenda Santa Lídia, propriedade localizada a 18 km do município de São Valério.

“Como a vacinação contra a brucelose é obrigatória e só pode ser realizada por médico veterinário cadastrado na Adapec ou por um auxiliar de vacinação capacitado sob a responsabilidade desse profissional, nos preocupamos em capacitar pessoal suficiente para atender a demanda”, disse o presidente da Adapec, Humberto Camêlo.



Doença
A brucelose, que também é conhecida como febre de Malta, é uma doença infecciosa causada pelas bactérias do gênero Brucella. A infecção pode ocorrer por contato direto com animais infectados ou pelo consumo do seu leite e derivados não-pasteurizados. “Além disso, a contaminação pode se dar através da vacina, visto que a mesma é manipulada e produzida com a própria bactéria, por isso, a necessidade de realizar cursos onde seja apresentado o manejo e a correta aplicação da mesma”, comenta Jorge.

A pasteurização do leite é eficaz na destruição das bactérias, mas a melhor forma de prevenção é o tratamento das infecções nos animais, ou a sua eliminação e destruição. A enfermidade provoca queda da produção animal e deixa os produtos da pecuária vulneráveis às barreiras sanitárias, diminuindo a competitividade no mercado externo.

Atualmente, no Tocantins, 353 médicos veterinários da iniciativa privada estão cadastrados para fazer a vacinação e 92 estão habilitados para fazer o exame da brucelose.

A vacina é ministrada em dose única e deve ser aplicada obrigatoriamente em fêmeas bovinas e bubalinas, com idade entre três e oito meses. As bezerras imunizadas devem ter marcadas na face esquerda, a letra V juntamente com o numeral correspondente ao ano da vacinação. Após a imunização, o proprietário do animal recebe um certificado de vacinação sem o qual fica impedido de retirar a GTA – Guia de Trânsito Animal.



(Com informações da Ascom Adapec)