sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

EQUINOCULTURA NÃO É HOBBY



Aos poucos, a imagem preconceituosa de que as atividades associadas ao cavalo, no Brasil, estão ligadas apenas ao hobby de uma elite está sendo alterada. Simultaneamente, os profissionais da eqüinocultura valorizam-se e ganham destaque. Atividades, como a fisioterapia, adquirem maior relevo e mostram que o mercado do cavalo é bastante amplo.

A visão- equivocada, mas comum a muitas pessoas – de que a indústria do cavalo está relacionada ao interesse de poucos e distante da realidade do brasileiro médio não é novidade e há razoes históricas para esta imagem. Gilberto Freire, ao analisar o ciclo de açúcar no Brasil colonial, destaca o papel do boi e do cavalo: o boi associado ao escravo e ao trabalho, e o cavalo ao senhor de engenho, destacando “essa caracterização do cavalo brasileiro como o animal, mais que qualquer outro, a serviço do domínio dos ‘defensores da ordem’ sobre a massa”. O rompimento desta imagem, formada ao longo de extenso período que tem origem no inicio da formação do Brasil, não devera ser tarefa nem fácil e muito mesmos rápida. Mas qual é a importância da eqüinocultura não ser vista como simples hobby?

Muitas respostas corretas podem ser dadas à questão apresentada acima. Entre elas, pode-se destacar que o correto dimensionamento da eqüinocultura ( em que o hobby é apenas um segmento entre muito outros ) permitira criar sustentação teórica para formulação de políticas que permitam o desenvolvimento da eqüinocultura no Brasil, assim como diversos segmentos econômicos relacionados a essa atividade que são responsáveis pela geração de centenas de milhares de empregos diretos.

Dissociar a imagem de mero hobby da eqüinocultura deveria ser meta de todos aqueles ligados ao cavalo. Este é um importante passo para valorização dos profissionais e maior atratividade para investimentos no agronegócio cavalo.
G.F

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